"A identidade histórica e cultural de Porto Nacional: uma acessibilidade através dos acervos" passou a existir da necessidade de conservação e preservação do patrimônio histórico, cultural da cidade de Porto Nacional, por intermédio de um levantamento dos arquivos do Museu Histórico e Cultural e da Cúria. O projeto tem como função viabilizar a interpretação do registro e arquivos, de forma sistemática para disponibilizar o uso, constituindo-se como uma iniciativa da sociedade acadêmica em prol da valorização de tão importante acervo. Aliado a isso, a incipiente formulação de políticas públicas de preservação do material informátivo permitiram que documentos e registros fossem se deteriorando pela ação do tempo. O patrimônio tombado, como o centro histórico necessita de uma estrutura apta para recepcionar os visitantes, a fim de que possa ser preservado e revitalizado através do processo de valorização de seus bens. A organização de registros e arquivos existentes se apresentam como recurso para esta valorização, um ponto de contato entre o visitante, o pesquisador e patrimônio, a fim de que possam ser orientado de maneira adequada para desfrutar sua visita. Buscar-se á incluir os estudantes na experiência museológica e estimular o desenvolvimento de ações educativas no museu e nos arquivos. 

ETAPAS DO PROJETO

 

RESUMO DO PROJETO

 

Este projeto “A identidade histórica e cultural de Porto Nacional: a acessibilidade através dos acervos” passou a existir da necessidade de conservação e preservação do patrimônio histórico, cultural da cidade de Porto Nacional, por intermédio de um levantamento dos arquivos do Museu Histórico e Cultural e da Cúria.

Merece destaque o fato de Tocantins ser um estado novo, formado a partir da divisão do estado de Goiás em 1988. Sua cultura e suas tradições eram, até aquele momento, descritas como “goianas”, mas a partir da separação criou-se uma questão de reafirmação de identidade para os agora tocantinenses, então destituídos de parte de suas referências culturais.(IPHAN, 2008). O cenário cultural tocantinense possui como destaque a cidade de Porto Nacional. A sua história e herança foram preservadas e valorizadas através do ato de tombamento homologado em novembro de 2008.

Apesar de tratar-se de uma divisão político-administrativa, o impacto causado sobre a cultura do novo estado é grande, e semelhante ao que aconteceu no Mato-Grosso do Sul, a população viu-se de um momento para o outro privado de grande parte de seus referenciais históricos (Goiás e Pirenópolis, assim como Cavalcante, se localizam hoje no estado de Goiás). Desta forma, o reconhecimento de Porto Nacional vai valorizar a identidade do povo tocantinense a partir do patrimônio pertencente ao estado do Tocantins, de forma que as antigas ligações, tanto com a região de Minas quanto com o norte do Brasil sejam também ressaltadas.(IPHAN, 2008).

Em 27 de junho de 2008, foi entregue a restauração dos prédios da Casa Câmera e Cadeia pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que a partir desta data torna-se a sede do Museu Histórico e Cultural de Porto Nacional.

O desafio, após o tombamento, está na preservação e divulgação do patrimônio existente.

Despertar o interesse da comunidade, assim como de visitantes ou pesquisadores em relação à herança cultural, histórica e documental exige uma interpretação e organização destas obras fragmentadas em diversos objetos históricos. A necessidade de uma interpretação deste arquivo é imediata.

O Museu Histórico e Cultural de Porto Nacional foi fundado na década de oitenta e, naquele tempo, mobilizou a população para doação de acervo. Depois de ocupar diversos espaços, hoje se instala em definitivo no prédio restaurado para este fim.(PORTO NACIONAL, 2008).

Um olhar nos registros e nos arquivos é possível verificar a importância de preservação do patrimônio de Porto Nacional representados por documentos. Assim, esse projeto visa analisar e organizar os acervos histórico, culturais e arquivos registros de relevância como forma de contribuição para a preservação do patrimônio cultural brasileiro. Será feito um levantamento dos acervos e registros que foram preservados, privilegiando o período cronológico que vai desde “a fundação do município até a década de 1960”, delimitado pelo IPHAN na homologação do tombamento de Porto Nacional.

O patrimônio tombado, como centro histórico de Porto Nacional necessita de uma estrutura apta para recepcionar os visitantes, a fim de que possa ser preservado e revitalizado através do processo de valorização de seus bens. A organização de registros e arquivos existentes no Museu Histórico e Cultural de Porto Nacional se apresenta como recurso para esta valorização, um ponto de contato entre o visitante, o pesquisador e patrimônio, a fim de que possam ser orientado de maneira adequada para desfrutar sua visita.

O acervo do museu é representativo da memória social local e pretende-se com a organização da documentação, resgatar, preservar e divulgar a cultura portuense. Com o projeto buscar-se á incluir os estudantes na experiência museológica e estimular o desenvolvimento de ações educativas nos museu. O desenvolvimento das atividades, ensino-pesquisa e extensão, promoverá a integração entre professores, funcionários, graduados e pós-graduados da UFT, estudantes e comunidade geral, através do resgate do passado, mas visando a expansão da Universidade-Comunidade no presente e no futuro.

Fundamentação Teórica

Em um trabalho científico os conceitos e definições, análogos ou divergentes, norteiam as interpretações do trabalho, neste sentido citam-se sucintamente alguns conceitos como, a exemplo: patrimônio histórico e cultural.

A diversidade cultural tem despertado grande interesse no cenário político mundial. A crescente importância do tema e o reconhecimento da pluralidade de bens culturais são responsáveis pelas reformulações nas diretrizes curriculares do ensino de história no Brasil. Levando isso em conta, o presente volume instiga o leitor a refletir sobre as facetas do patrimônio histórico e cultural, discutindo alternativas para sua preservação através do desenvolvimento sustentável. (FUNARI, PELIGRINI, 2006).

O conceito “Patrimônio cultural” é muito amplo, pode-se dizer que é tudo o que se relaciona com a cultura, com a história, a memória, a identidade das pessoas ou grupos de pessoas – coletividades de natureza diversa como grupos familiares, associações profissionais, grupos étnicos, nações –: são os lugares, as obras de arte, as edificações, as paisagens, as festas, as tradições, os modos de fazer, os sítios arqueológicos. (ICOMOS, p.1).

UNESCO realizou uma convenrção sobre o patrimonio mundial, cultural e natural e constata que: “[...]o património cultural e o património natural estão cada vez mais ameaçados de destruição, não apenas pelas causas tradicionais de degradação, mas também pela evolução da vida social e económica que as agrava através e fenómenos de alteração ou de destruição ainda mais importantes” (UNESCO, 2009 p.1).

Hoje existem diretrizes para a conservação, manutenção e restauração do patrimônio cultural, expressas em cartas patrimoniais propagadas por orgãos internacionais e instituições acadêmicas (IPHAN, 2009).

A noção corrente de patrimônio cultural foi definida na Convenção relativa à proteção do patrimônio mundial, cultural e natural - aprovada em 16 de novembro de 1972 na décima sétima sessão da conferência geral da UNESCO.

De acordo com a Convenção, artigo primeiro, são patrimônio cultural da humanidade:

Os monumentos: obras arquitetônicas, de escultura ou de pintura monumentais, elementos ou estruturas de natureza arqueológica, inscrições, cavernas e grupos de elementos que tenham um valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência; os conjuntos: grupos de construções isoladas ou reunidas que, em virtude de sua arquitetura, unidade ou integração na paisagem, tenham um valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência; os sítios: obras do homem ou obras conjugadas do homem e da natureza, bem como áreas que incluam sítios arqueológicos, de valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico. (UNESCO, 2009.p.2) Entende-se que, patrimônio cultural é o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que pelo seu valor próprio, devam ser considerados de interesse relevante para a permanencia e identidade da cultura de um povo.

Martins (2006) defende a idéia de um olhar amplo sobre as produções culturais e sua utilidade e importância para o homem local que as produz; e para o homem visitante (o outro), reforça ideais de inclusão social, que podem apresentar-se ao mundo com um arsenal de conhecimentos e idéias relacionadas com sustentabilidade, responsabilidade ética e segurança.

O plano direto do município de Porto Nacional, define que:

[...] os investimentos no segmento cultural – patrimônios material e imaterial – não têm na base existente volume ou força para liderar ou mesmo gerar auto-sustentabilidade. Podem ser, todavia, um componente integrador ou catalisador para o esforço desenvolvimentista em curso, tanto com seus elementos disponíveis mais imediatos, como com outros elementos a reativar ou desenvolver e, principalmente, com os componentes conexos da Educação e do Turismo.' (Porto Nacional, 2005, p.32).

Assim, através dos documentos revisitados tem-se acesso a herança do passado de Porto Nacional e o conhecimento torna-se acessivel as gerações atuais e futuras.

 

Objetivos

Objetivo Geral

Resgatar a identidade cultural e histórica do Município de Porto Nacional a partir dos acervos: Museu Histórico Cutural Porto Nacional e Arquivo da Cúria Diocesana de Porto, tornando as informações mais acessíveis com um serviço mais qualificado, organizado e sobretudo que facilite a relação da comunidade local, professores e estudantes.

Objetivos Específicos

Analisar os registros e arquivos de relevância histórica e cultural de Porto Nacional desde sua criação até a década de 1960, identificando os elementos documentais em suporte papel de relevância para serem restaurados.

Digitalizar os registros e arquivos de relevância histórica e cultural de Porto Nacional como forma de contribuição para a preservação do patrimônio cultural brasileiro.

Organizar a documentação levantada sobre a produção histórica e cultural de Porto Nacional, formando bancos de dados específicos, possibilitando a utilização deste acervo por alunos, professores, pesquisadores além da interação da população local e visitantes.

Disponibilizar os registros e arquivos existentes através de folders; catálogos; nas versões impressa e eletrônica, e, produção audiovisual.

Atualizar o conhecimento dos funcionários e estagiários do Museu Histórico Cultural Porto Nacional

 Referências Bibliográficas

BORGES, Ana Maria; PALACIN, Luís. Patrimônio Histórico de Goiás. Brasília: Ed. Ministério da Cultura. 2.ed. 1987. 120p.

CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. Tradução de Luciano Vieira Machado. 3. ed. São Paulo: UNESP, 2006. 288p.

CONSELHO INTERNACIONAL DE MONUMENTOS E SÍTIOS. Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e sítios. Noção patrimônio cultural. Disponível em: Acesso em 04 jun. 2009.

DOBERSTEIN, Arnoldo. Monumentos públicos, turismo e pós-modernidade. In: FUNARI, Pedro Paulo; PELIGRINI, Sandra de Cassia Araújo. Patrimônio histórico e cultural. Rio de Janeiro: Zahar, 2006, 72 p.

GONÇALVES, Janice. “Como classificar e ordenar documentos de arquivo “São Paulo: Arquivo do Estado, 1998. 05-2, 1. Arquivo do Estado (São Paulo). 37p. il.; 23 cm. (Projeto como fazer; v. 2).

IDENTIFICAÇÃO. GOIÂNIA: Editoração dos autores, 2004 (Dossê de Tombamento Federal).

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Conselho Consultivo do Iphan aprova o tombamento de Porto Nacional (TO) e o registro da Renda Irlandesa (SE). Disponível em . Acesso em 27. nov. 2008.

______. Relação das cartas patrimoniais. Disponível em: Acesso em: 09 jun. 2009.

MANSO, C. F. A.; UNES, W. A.; CUEVAS, M. A. J. ; PAIVA, K. C. Art déco de Goiânia – acervo arquitetônico e urbanístico – v. I -

MARTINS, Clerton Patrimônio cultural: Da memória ao sentido do lugar. São Paulo:Rocca. 2006. 216p.

MURTA, Stella Maris;ALBANO, Celina. Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2005 288p.

PORTO NACIONAL.Prefeitura. Museu Histórico e Cultural. 2008. 1 folder, color.

______. Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável. 2005. 1 CD-ROM

São Paulo. (Estado) Dicionário de Terminologia Arquivística. São Paulo: AAB-SP, Secretaria de Estado da Cultura, 1996.

UNESCO. CONVENÇÃO PARA A PROTECÇÃO DO PATRIMÓNIO MUNDIAL, CULTURAL E NATURAL UNESCO World Heritage Convention Paris, 1972. Disponível em: <http://whc.unesco.org/en/conventiontext/ Acesso em: 03 jun. 2009. PDF.16p.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS. Projeto de institucionalização NEUCIDADES. 3p. préprint.

ZANIRATO, Sílvia Helena. As políticas de preservação e de usufruto do patrimônio cultural: o Centro Histórico de Salvador, como um estudo de caso. Pós-História. Revista de Pós-Graduação em História, Assis, n. 10. Universidade Estadual Paulista. São Paulo: Ed. Arte & Ciência, 2002, p. 161-180.

O ACERVO DA ARQUIDIOCESE

O acervo da Cúria tem aproximadamente 15 mil documentos.
Baseados nos 2000 documentos catalogados até o presente momento, 100% das informações são registradas são em suporte papel.
Quando à sua forma, a maioria esta em formato original e apresenta algumas cópias. O formato dos papéis é em sua maioria folha, entretanto, o acervo apresenta bulas, mapas e plantas que ainda não foram inventariados.
O gênero dos documentos é textual. As espécies são diversas, entre elas podemos citar: boletins, cartas, certidões, declarações e relatórios que assumem uma espécie documental de acordo com as atividades.

 

O ACERVO DO MUSEU

O Acervo Museal é representativo da memória social local , que conta hoje com aproximadamente 170 objetos, 60 livros raros que fazem parte do acervo documental e 16 banners explicativo da história cultural de Porto Nacional.

AÇÕES DO PROJETO

 

 

 

 

 Folder do Projeto (4.6 MB)

 Folder do Museu (5.2 MB)